
Na passagem do grupo Duros do Pedal pela Expo rio trancão, juntei-me eu e mais pessoal que por ali estava à espera. Antes já tinha por ali passado um grupo com mais de 30 ciclistas onde seguiu o pessoal de Caneças. Eram 9h13, quando arrancamos com andamento moderado até que chegasse a grande avalanche, pouco tempo depois fomos completamente absorvidos, mais parecia um enxame de abelhas. Deu para ver que o comboio vinha composto por várias figuras do ciclismo nacional. Conforme íamos avançando mais atletas se iam juntando, na passagem pela Azambuja deveríamos ser mais de 200, impressionante!
Na zona de Cruz do Campo há uma queda, cerca de 50 ciclistas seguem e os restantes ficam para trás dando origem a um corte. Eu, e os irmãos Bruno e João Afonso pelo motivo da queda, perdemos o contacto com os homens da frente, onde seguiam a maior parte dos Duros.
Na chegada a Santarém onde já estava o Tó e os restantes Duros, fizemos o respectivo abastecimento como previsto e todos os Duros seguiram em andamento moderado à espera que se desse o reagrupamento com os restantes que tinham ficado para trás. Outros nem fizeram a paragem e continuaram de imediato.
Ao contrário do que sucedera o ano transacto os Duros este ano passaram de perseguidores a perseguidos. Em Pernes o Nuno Silvestre, Tó e Jorge Pimentel decidem parar e esperar, os restantes decidem continuar, com o Francisco impaciente a fazer uma fuga consentida.
Um pouco antes de Minde como ninguém chegava de trás, o Esteves decide anular a fuga do Francisco e todos seguimos na sua roda. Fuga anulada, de imediato chega a subida de Minde, esta foi feita com andamento controlado de forma a não deixarmos ninguém do grupo para trás, foi-me difícil conter o pessoal, que já estava a ficar desenfreado e não havia forma de queimar toda a lenha que tinha vindo a acumular desde algumas semanas atrás.
Covão do Coelho aqui já não havia nada a fazer foi meter lenha sobre lenha. O Vítor Colnago que está em grande forma foi o 1º a disparar por ali acima, não tive outro remédio senão segui-lo, o Esteves ataca, Tapadas e Álvaro Negrais respondem e assim foi feita a subida mais DURA do dia, ataques atrás de ataques a ver quem se conseguia isolar. Durante a subida passámos por muitos atletas que tinham vindo para a frente, a meio da mesma só 1 seguiu connosco, Hugo Arraiolos dos Pinas.
Já no último topo os resistentes eram, Esteves, Álvaro Negrais, Carlos Tapadas, Francisco, Vaqueirinho, Vítor Colnago, Carlos Patrício e Hugo Arrailos. Mas para quem pensava que as escaramuças tinham terminado e ia desfrutar dos últimos km até à chegada a Fátima, de imediato ficou desenganado. Mais ninguém ficou para trás, mas teve-se de dar muito às pernitas, para não se deixar partir o elástico.
De lamentar os acidentes, além de ser mau principalmente para quem os sofreu (as rápidas melhoras), foi também mau para a tão desejada chegada em pelotão, pelo menos até Minde/Covão do Coelho, nestas míticas subidas onde se separa o joio do trigo!
As minhas médias registadas: Sacavém – Santarém 33.2km/h, de Santarém – Fátima 29.3km/h.
Obrigado a todos pela excelente companhia e até uma próxima.
Um abraço,
António Vaqueirinho