quinta-feira, fevereiro 17, 2011

2011 - CLÁSSICA - LOURES - SANTAREM - LOURES + fotos

Clássica dos PINA BIKE enche asfaltos de ciclistas!!!(Parabéns)

Esteves e Francisco fizeram de rebocadores fazendo as delicias a concorrencia!!!

Ritmos alucinantes levam a cortes ao km 70!!!

Grupo em fuga passa por atalhantes a 45kmh!!!

Brevemente os rescaldos dos Protagonistas.

Por To Monteiro
Ilustres Amigos do Pedal.
É a paixão de pedalar que nos move e não a glória de troféus.
Mesmo sabendo que não iria-mos conseguir acompanhar o Grupo da fuga até ao fim da tirada lá estava-mos muitos DUROS e muitos outsiders.
A ideia é participarmos e que tudo corra bem.
É gratificante ver muitas camisolas dos DUROS na frente rebucando Comboios.
As Minhas sensações:
Não podia-mos faltar a classica mesmo correndo o risco de um aguaceiro.
Um pequeno chuvisco caia enquanto colocava a viuva em cima do tejadilho, mas na chegada a Loures somos presenteados com chão seco e muitas abertas no Céu .
Os participantes chegavam a conta gotas e já a postos estava o Nuno Silvestre e a Turtle que iria estriar a sua nova montada com um Lok todo pró.
Só conseguimos arrancar pelas 8h11m pois o Rui Mucifal tinha partido o atador da Bota e teve-se de improvisar.
Em via longa param uns quantos Pinas pois alguem parece furar.
No final da mesma já estavam a reentrar no pelotão e foram bem rapidos.
O andamento foi muito suave até Vila Franca .
Até aqui vim algumas veses na frente para ajudar e tirar umas fotos.
Aviso para passarmos o pavê devagar assim como o Freitas dos Pina.
A malta cumpriu.
Até Quebradas fomos sempre trepando alguns falsos planos, e fizeram alguns estragos deixando uns quantos para tráz.
Chegam de tráz o Pedro 180 e Pedro Caneças, pois um Pina havia caido e perderam algum tempo.
As pernas começavam a dar sinal de avaria e era dificil acompanhar o ritmo do Francisco.
Vaqueirinho veio sempre bem posicionado mas ainda era muito cedo para se destacar.
Mais ao menos ao km 60 viramos a direita por estradas provincianas fazendo lembrar Alcainça.
Entre subidas e descidas perco o Helder Massamá com quem vinha conversando e não sei se para tráz ou para a frente.
Fico só com mais 2 ciclistas e a partir daqui viemos muito depressa para ver se apanhava-mos o pelotão.
Conseguimos alcançar o grupo do Fataça e Alvaro Negrais.
Até ao Cartaxo vim a recuperar do esforço feito para reagrupar.
Pouco depois do Cruzamento em Cruz do Campo digo aos Duros para irmos para a frente e praticar a roleta.
Assim foi mas por pouco tempo, os outros ciclistas não percebiam o que se passava e de vêz quando passavam para a frente.
Formamos uma vassoura de 11 unidades.
De via longa até Loures o Grupo de 11 desfêz-se na minha frente com ritmos loucos como se houvesse alguma taça para vassoureiros.
Se estes 11 fizeram 60 kms unidos com rendições porquê não chegarmos todos juntos?????
Senti uma certa tristeza para com este desporto, pois vale mais um lugar a frente que ...
Pena foi que o Nuno Silvestre furou na primeira hora.
Relembro que so paramos uma vêz para xx e abastecimento nada.
Quem vai para o Mar abastece-se em Terra.
Desculpem o curto rescaldo mas estou que nem posso.
Abraço
TO MONTEIRO


POR VAQUEIRINHO

Caros amigos do pedal, foi com grande prazer que participei com todos vocês em mais esta grande Clássica “Loures – Santarém – Loures”

Depois do S. Pedro ameaçar que iríamos levar mais uma banhoca, como acontecera no ano transacto, felizmente reconsiderou e presenteou-nos com um belo dia, para a prática da modalidade.

Carreguei no start do meu GPS acusava este 8h7 e nesse instante deu-se a partida. Mais de 50 ciclistas fizeram-se à estrada. Até ao km 70 todos com maior ou menor dificuldade, aguentaram o ritmo imposto pelos homens da frente, algum pessoal depois de ter passado certos topos, já vinha nos seus limites. Adivinhava-se que mais cedo ou mais tarde o elástico já não iria aguentar muito mais, tantos eram os esticões!!!

Precisamente ao km70 surge a mais dura subida não muito longa, mas dura o suficiente para que metade das carruagens descarrilassem, eu e mais 5 ou 6 fomos surpreendidos, no meu caso quis gerir o esforço na subida, mas depois vim a pagar o atrevimento, em determinada altura olhei para a minha frente, avistei o amigo Kalinas e o comboio a aumentar cada vez mais a distancia, então ai tive de dar o litro juntei-me ao Kalinas, trouxe na minha roda o GRANDE HELDER (velhos são os trapos), este Homem fez o que nunca lhe tinha visto fazer antes, em plena descida a mais de 60kmh ultrapassa me, tal era gana com que estava para nos ajudar na recuperação. Eu o amigo do Kalinas o Kalinas, 1 Pina e o Hélder em conjugação de esforços depressa alcançamos o pelotão em fuga, apesar de não ter sido fácil!

A partir daqui quem estivesse integrado neste comboio com cerca de 28 carruagens e 2 automotoras (Francisco e Esteves), dificilmente ficaria para traz, pelo menos até V. Franca, não é que a velocidade tenha baixado, antes pelo contrário, só que já não existiam tantos topos e são esses que fazem os estragos.

A passagem por V. Franca foi feita cautelosa sem sobressaltos, mesmo assim o Hélder deixou-se ficar, os cardans já vinham a chiar (mesmo assim não deixou de ter uma excelente prestação). Até à central da cerveja alta velocidade, mas sem escaramuças! A partir daqui não sei o que deu no pessoal, talvez o cheiro da cevada, começam a sprintar pela rampa acima até Vialonga, mas a exemplo do que sucedera o ano passado já vinha prevenido e lá me aguentei. Claro mais uns quantos descarrilamentos e assim fomos o resto do percurso, perdendo carruagens, sempre em escaramuças constantes. Já no Tojal na subida da variante foi o descalabro total a partir daqui fez-se a selecção dos que iriam chegar na frente, julgo não terem sido mais de 10, onde estavam 4 Duros do Pedal sendo eles: Vaqueirinho, Francisco, Esteves e Nuno Silvestre (este teve azar furou no inicio e voltou-se a juntar a nós na vinda antes do Cartaxo).

O Vítor também se aguentou bem à bronca, vinha com falta de água e penso que só cedeu na variante do Tojal, juntamente com o Rui Mucifal. Ana a única mulher que teve coragem de nos fazer companhia, mais uma vez demonstrou ser uma DURA do Pedal. Parabéns Ana pelos 90km e conseguiste ser a 1ª a chegar!!!

A comprovar que depois de termos feito metade do percurso a velocidade subiu, estão aqui as médias tiradas do meu GPS:

Distancia Total: 143.27km * Velocidade média total: 34.4km/h

Parcial ½ percurso ida: Velocidade média 32.1km/h * Parcial ½ percurso vinda: Velocidade média 36.7 km/h.

Desejo a todos, continuação de boas pedaladas e até à próxima “Loures – Évora”.

Para mim, Francisco, Esteves e Kalinas vai ser “Loures – Évora – Loures”. Quem se sentir com capacidade de nos acompanhar está convidado, para Évora vamos de TGV, para cá vimos de comboio a vapor, mas nunca fiando! Esteves e Francisco continuam em grande forma!!!

Um abraço,

António Vaqueirinho


Clássica de Santarém: a crónica

POR RICARDO COSTA
Santarém, a primeira clássica da época, confirmou o bom estado de maturação destes eventos. Teve elevada adesão e decorreu (quase) perfeitamente! O contributo mais importante veio, naturalmente, dos seus participantes, em número de mais de cinco dezenas, a maioria agrupados segundo as cores das suas camisolas domingueiras, mas muitos outros como «individuais», nem por isso menos bem integrados que os demais. O espírito de equipa está cada vez mais forte e salienta a competitividade, como num verdadeiro pelotão de corredores, mas não belisca o companheirismo, a saudável convivência e o respeito pelo esforço do próximo.
Foi o que prevaleceu no passado domingo. Na estrada, houve cordialidade, civismo, zelo pela segurança, acima de tudo. Não se entrou em loucuras, mesmo quando a adrenalina disparou – e como esteve bem alta nos quilómetros finais! – e o exemplo dessa consciência foram as duas passagens pelo empedrado de Vila Franca. Concordou-se com uma travessia prudente: todos respeitaram. Nos semáforos e cruzamentos, idem.
O único parêntesis (o quase) foi a queda do Jorge Damas, junto à Ota, que, pelos vistos, ninguém viu?! – que custa a acreditar num grupo tão numeroso. No entanto, é nisso que quero crer, porque seria total falha de carácter de tivesse assistido... e nada dito! Felizmente, não resultou males maiores que o atraso irremediável (já foi muito!!), mas é uma situação de todo lamentável, para a qual peço ao vitimado, em nome de todos que «não viram e nem foram avisados», as mais sinceras desculpas.
À excepção deste incidente, bom exemplo que deve ser seguido em jornadas vindouras, desde já na Clássica-rainha, o Loures-Évora, no dia 27 deste mês.
Além da nota introdutória, no plano «desportivo» houve outros destaques:

Primeiro: a alteração do percurso original (pelos motivos conhecidos) só não afectou o desenrolar da clássica, como (opinião pessoal) acrescentou-lhe mais interesse. De qualquer modo, como se constatou pelo desenrolar da tirada, a «nova» primeira parte não veio a modificar o figurino da Clássica quando, pelo traçado normal, chega a Santarém (com cerca de 70 km). Ou seja: em pelotão compacto. O primeiro corte no pelotão ocorreu na subida de Assentiz (com cerca da mesma distância percorrida) e o mesmo sucederia, em condições de normais, na subida para Santarém (Portas do Sol).
Mantiveram-se, assim, as características principais desta Clássica: maioritariamente plana e favorecendo o equilíbrio de forças em pelotão compacto até muito perto do final. De resto, foi o que se viu, com a passagem por Alverca (últimos 16 km) de um grupo ainda numeroso, de 20 a 30 unidades. Por outro lado, diz bem do bom nível médio dos participantes. E isso só favorece a Clássica.
Contudo, a alteração foi pontual. Para o ano, logo a ponte de Santarém volte a estar transitável, cumprir-se-á o trajecto habitual.

Segundo: ainda sobre a mudança de percurso e o que (se esperava, mas não se confirmou) pudesse afectar o decurso da Clássica, nomeadamente, o relevo mais acidentado, logo após Alenquer, com os topos das Marés e o carrossel da Espinheira. Afinal não causaram os estragos que se poderiam antever. Motivo: o andamento foi moderado ou, pelo menos, não atingiu patamares suficientemente selectivos. Essa toada manteve-se, inclusive, na «temida» subida de Assentiz – onde ninguém quis mexer (decisão acertada, tendo em conta a larga distância para o final) e só largou, nessa altura, quem se apresentou abaixo das exigências mínimas para integrar o grupo principal num evento com estas características - embora tenha sido um grupo ainda numeroso.

Terceiro: o extraordinário desempenho de dois elementos dos Duros do Pedal (Francisco e Esteves), que lideraram o pelotão longos quilómetros, com total descomprometimento pela «factura» - que, de resto, nem sequer vieram a «pagar», tal o nível de forma que exibiram. Impressionou o trabalho, por eles dividido, na imensa ligação, em terreno plano, entre o Cartaxo e Alverca, mantendo velocidade de cruzeiro muito próximo dos 40 km/h. Poucos (ousaram) passaram na frente e os que o fizeram foi por pouco tempo... Já na primeira fase do percurso o grupo de Algueirão tinha estado bastante activo (destemido como nunca, prova de confiança nas capacidades próprias), demonstrando que os Duros estão cada vez mais... Por isso, homenagem totalmente merecida!

Quarto: o aguardado «grande final» não defraudou as expectativas. Quebrou uma certa monotonia que se prolongava (entenda-se, o ritmo imposto quase exclusivamente pelos Duros do Pedal) e deu lugar a movimentações diversas que fizeram as delícias dos «puncheurs» e a muito divertimento. Quem teve de esperar pelo final para entrar em ataques e picardias, não ficou defraudado. Logo ainda estivesse com forças...
As hostilidades abriram-se no final da subida da cervejeira (para Vialonga), com o aumento progressivo de ritmo à cabeça, imposto pelo Freitas e a que dei seguimento com uma aceleração, nos últimos 400 metros, para o topo. O pelotão esticou-se, houve cortes entre os elementos que tinham as forças mais contadas, mas manteve-se um grupo de cerca de 15 unidades que se lançou a grande velocidades pela Variante, em direcção ao Tojal.
Até lá, sucederam-se as movimentações, com o Manso, ao seu estilo, a mostrar a fibra dos homens do Ciclismo 2640 – até à altura sempre bem protegidos no seio do pelotão e ainda com todos os restantes elementos que alinharam à partida no grupo da frente (Rocha, Sérgio, Jonas e Paulo Pais, que se apresentou equipado e montado a rigor, com as cores da Move Free). As tentativas de fuga do exímio rolador de Mafra, no entanto, foram condenadas ao malogro, por um lado, devido a falta de cooperação dos pontuais parceiros; e por outro, porque naquele falso plano descendente, a tão alta velocidade, é dificílimo abrir espaços para tão fortes perseguidores.
E foi assim (em grupo) que se abordou a famigerada rampa da Variante, no Tojal, onde não se teve de esperar que a pendente atingisse a percentagem máxima para se passar à ofensiva. Um, dois, três ataques desbarataram o grupo, até que o Vítor (sub-23 da equipa do Cartaxo) lançou a primeira cartada, em contra-ataque, ganhando alguns metros. Respondi, chegando-me à direita da faixa de rodagem, e cheguei à sua ilharga perto do topo. O Freitas correspondeu bem, mas a maioria teve de se esforçar mais. E só meia dúzia não descolou definitivamente.
Os últimos trunfos ficaram, então, para o topo de S. Roque, a menos de 1 km do final. Após a primeira centena de metros parecia que ninguém estaria em condições de fazer a diferença, mas eis que o Vítor (Cartaxo) lança um derradeiro ataque irresistível, de trás, deixando os restantes sem reacção (à altura). Aliás, qualquer esperança dos perseguidores caiu por terra quando, na ânsia da recuperação, tocámo-nos, perdendo metros decisivos.
Foi, assim, em vão, o meu esforço desesperado (e terminal) pela descida e em parte da ascensão para a rotunda do Infantado, a rebocar os mais resistentes. Entre estes, três Duros (Vaqueirinho, e os «super» Francisco e Esteves), o David, o Carlos Cunha e o Freitas, que se apresentaram muito bem na parte final.
Para o Vítor, corredor, necessariamente com outro «andamento», todo o mérito de conseguir fazer a pequena mas efectiva diferença, quando já se pensava improvável.