domingo, setembro 18, 2011

2011-CLÁSSICA-CASCAIS-FÁTIMA+fotos



``Até Santarém vai tudo junto´´


Peço desculpa pela fraca sessão fotográfica, mas com tanta gente estava muito perigoso guiar sem mãos.

Brevemente os rescaldos.


Por TO MONTEIRO

Penso que esta Clássica começa a ganhar pernas para ser a rainha.
Na opinião de muitos participantes quase cerca de duas centenas participaram embora nem todos tenham ido até ao final.
De lamentar a queda do Carlos (de Sta. Iria) e o cunha, que apesar do aparato acidental, se encontram bem.
Desejamos as rápidas melhoras.
Confesso que nos ultimos dias tenho andado apreensivo pois adivinhando a ``exagerada´´ adesão para a Clássica, poderia causar problemas no

transito e originar algumas quedas.
8Horas e 9 segundos fazem-se a estrada 18 DUROS e alguns Outsiders que são sempre bem vindos.
Os 9kms até a Marginal depressa passaram, 8h21m começava a vagarosa viagem na casa dos 25kmh afim de sermos alcançados pelos grupos que viriam de

tráz.
Aqui entra o grupo do amigo Patricio, composto de ciclistas com um endurance de se lhe tirar o Chapéu.
Até ao Rio Trancão, foram entrando muitos outsiders.
Estes 20 kms de Marginal feitos a uma média de 27kmh serviram bem para afinar as rotações, pois quando chegacem os Passaros e Avalanche tinha-mos

de ter ja algum aquecimento.
Os 70 km que nos separavam de Santarém seriam feitos na média de 33,8kmh e até aqui havia que não vassilar e aguentar os sucessivos esticões.
Na zona de Alverca entram alguns Pinabike e pouco depois chega o grosso do pelotão com os Passaros a cabêça.
A estrada até Vila Franca é muito apertada para tamanho pelotão.
Começava o nervosismo originando muitas movimentações pois o ``medo´´ do empedrado poderia-nos deixar pendurados previamente.
A bom ritmo se fêz o empedrado e com gritos de OLÈ pois havia tourada, lá chamámos a atenção aquelas multidões.
Depois da ``massagem´´ o ritmo abrandou como que para o reagrupar .
Carregado e carregando nos crenques já ia o DURO Francisco e alguns Carbooms pondo o ritmo demolidor que até Santarém poucas veses acalmou.
Não sei bem em que sitio se deram as quedas, pois num pelotão tão grande os primeiros do grupo não se apercebem do que se passa lá atráz.
Poucos kms antes de Cruz do Campo dá-se um fuga de cerca 5 elementos.
Não ia nenhum Duro na fuga e como ninguém se atrevia a perseguir, salta o Tapadas com alguns outsiders.
Um atráz do outro iam saltando para o grupo perseguidor.
Com sorte estando perto do acontecimento aproveitei também acompanhar os DUROS da frente.
Foi dificil, porque o ritmo elevadissimo e alguns carros deixaram-me para tráz.
Tive de dar então sucessivos sprints com 2 outsiders na minha roda que nada ajudaram.
Ia contando os metros que recuperava em relação a fuga.
Finalmente na cauda.
O Carro de apoio ja estava preparado em Santarém e rápido atestamos de agua.
Começam a chegar muitos Duros.
cerca de 10 minutos depois o grosso do pelotão.
Já estavamos a algum tempo parados e decidimos ir andando na casa dos 25kmh até sermos alcançados novamente.
Segundo alguns amigos desta vêz o pelotão demorou demais que a conta no abastecimento.
Assim sendo só fomos apanhados depois de Pernes.
Até moitas Vendas onde acaba a ``via rápida´´ a média baixou drasticamente para os 27kmh fazendo destes 34km uma interessante viagem.
A partir daqui foi ver os trepadores desaparecerem nas subidas que somam uns Duros 20kms feitos por mim a uma média de 26kmh.
Na frente ainda não sei o que se passou pois não consegui acompanhar.
Fiquei muito contente comigo mesmo pois com 140kms já feitos ainda tive pernas para esta média nas subidas finais.
Correu-me melhor que nos últimos anos.

Resumindo foi uma clássica muito concorrida o que traz pontos positivos, mas alguns contras.
Na minha opinião, não deveriam ter havido fugas até Santarém como estava combinado.
Lembrando a frase `` até Santarém vai tudo junto`` a ideia foi desrespeitada, talvêz por alguns que não sabiam ou acham que andar mais que os outros é o mais importante.(A frase ainda lá está no blog)
De lamentar os dois acidentados do dia.
Minha média de ``vassoureiro´´Massamá-Fátima 29.5kmh
Abraço a todos
TO MONTEIRO

Por Vaqueirinho
Cascais – Fátima, a Clássica das Clássicas! Adesão fantástica, mais parecia o pelotão do Tour.

Na passagem do grupo Duros do Pedal pela Expo rio trancão, juntei-me eu e mais pessoal que por ali estava à espera. Antes já tinha por ali passado um grupo com mais de 30 ciclistas onde seguiu o pessoal de Caneças. Eram 9h13, quando arrancamos com andamento moderado até que chegasse a grande avalanche, pouco tempo depois fomos completamente absorvidos, mais parecia um enxame de abelhas. Deu para ver que o comboio vinha composto por várias figuras do ciclismo nacional. Conforme íamos avançando mais atletas se iam juntando, na passagem pela Azambuja deveríamos ser mais de 200, impressionante!

Na zona de Cruz do Campo há uma queda, cerca de 50 ciclistas seguem e os restantes ficam para trás dando origem a um corte. Eu, e os irmãos Bruno e João Afonso pelo motivo da queda, perdemos o contacto com os homens da frente, onde seguiam a maior parte dos Duros.

Na chegada a Santarém onde já estava o Tó e os restantes Duros, fizemos o respectivo abastecimento como previsto e todos os Duros seguiram em andamento moderado à espera que se desse o reagrupamento com os restantes que tinham ficado para trás. Outros nem fizeram a paragem e continuaram de imediato.

Ao contrário do que sucedera o ano transacto os Duros este ano passaram de perseguidores a perseguidos. Em Pernes o Nuno Silvestre, Tó e Jorge Pimentel decidem parar e esperar, os restantes decidem continuar, com o Francisco impaciente a fazer uma fuga consentida.

Um pouco antes de Minde como ninguém chegava de trás, o Esteves decide anular a fuga do Francisco e todos seguimos na sua roda. Fuga anulada, de imediato chega a subida de Minde, esta foi feita com andamento controlado de forma a não deixarmos ninguém do grupo para trás, foi-me difícil conter o pessoal, que já estava a ficar desenfreado e não havia forma de queimar toda a lenha que tinha vindo a acumular desde algumas semanas atrás.

Covão do Coelho aqui já não havia nada a fazer foi meter lenha sobre lenha. O Vítor Colnago que está em grande forma foi o 1º a disparar por ali acima, não tive outro remédio senão segui-lo, o Esteves ataca, Tapadas e Álvaro Negrais respondem e assim foi feita a subida mais DURA do dia, ataques atrás de ataques a ver quem se conseguia isolar. Durante a subida passámos por muitos atletas que tinham vindo para a frente, a meio da mesma só 1 seguiu connosco, Hugo Arraiolos dos Pinas.

Já no último topo os resistentes eram, Esteves, Álvaro Negrais, Carlos Tapadas, Francisco, Vaqueirinho, Vítor Colnago, Carlos Patrício e Hugo Arrailos. Mas para quem pensava que as escaramuças tinham terminado e ia desfrutar dos últimos km até à chegada a Fátima, de imediato ficou desenganado. Mais ninguém ficou para trás, mas teve-se de dar muito às pernitas, para não se deixar partir o elástico.

De lamentar os acidentes, além de ser mau principalmente para quem os sofreu (as rápidas melhoras), foi também mau para a tão desejada chegada em pelotão, pelo menos até Minde/Covão do Coelho, nestas míticas subidas onde se separa o joio do trigo!

As minhas médias registadas: Sacavém – Santarém 33.2km/h, de Santarém – Fátima 29.3km/h.

Obrigado a todos pela excelente companhia e até uma próxima.

Um abraço,

António Vaqueirinho