segunda-feira, setembro 03, 2012

2012-09-09 Clássica (MONTE JUNTO)

Percurso : http://www.gpsies.com/map.do?fileId=zqcclvojqfxdzddp

Fotos:    https://picasaweb.google.com/117546044644831595908/2012ClassicaMONTEJUNTO02

Brevemente os rescaldos.


Ordem de chegada ao topo:
1º- André
2º- Zé Maria
3º- Davide

8º- Alvaro Negrais
9º- Tapadas


Rescaldo por TO MONTEIRO :
Finalmente chegou uma das mais DURAs das Clássicas (Monte Junto por Pragança)
A grandesa dos 170kms, as rampas por Pragança e os ritmos acima da média metem respeito a qualquer um .  
Vinte e poucos desde Caneças fazem a paragem em Loures para que os amigos Pinas e outsiders apanhem o Comboio.
Mais de 50 arrancam pelas 8h30m .
To Monteiro e um ou outro Pina metem o ritmo moderado até Bucelas.
Deu para a malta conviver.
A partir de Bucelas tenho a ajuda do João Afonso.
Com pena minha poucos DUROS teem a coragem de assumir a dianteira destes comboios.
Somos rendidos alguns kms depois pelo Freitas e o Alex dos Pina.
A partir daqui Francisco dá tambem o peito ao vento, assumindo o papel de rebucador a CANCELARA e sendo mais que justa a sua alcunha.
A ele dou os meus parabéns pois mesmo não estando nas melhores condições fisicas não teme o preço da fatura.
Depois do Sobral pouco puxei o pelotão, pois os ritmos acima dos 50kmh levaram-me o ritmo medio cardiaco acima dos 160bpm.
Sabia que me iria sair caro, mas numa clássica dos DUROS há que mostrar as nossas cores, pois o patrocinador esta a espreita.
Quem aguentou o ritmo na subida para o Sobral e rolou nos ritmos loucos até a Merceana enfrentava agora o penoso``carrocel´´ de sobe e

desce que antecede Vila Verde.
Aqui se escolhe o Trigo do Joio .
Me despedi do já não muito numeroso pelotão em fuga.
Fico num grupeto de dez unidades, a ritmo moderado.
Havia chegado o fiscal das finanças.
O regresso foi feito em ritmo moderado num pelotão bem grande do qual fizeram parte os amigos de Pero Pinheiro.
Valeu a aventura e reviver os ritmos acesos na presença dos amigos Pinas e outsiders.
É sempre bom rever os amigos assiduos das Clássicas.
Agradeço o ritmo moderado até ao Sobral.
Não houve quedas nem furos.

Abraço
TO MONTEIRO



Por Vaqueirinho:
Mais uma ida a Montejunto. Pena a Estrela não ficar mais perto!
Isto é o que pensam os verdadeiros trepadores, quando começam a aquecer “o motor” termina a subida. Foi o que eu senti, deve ser ainda o efeito do Quebrantahuesos!
Saída da BP de Loures pelas 8h30 como previsto, com o pelotão já bem recheado, cerca de 50 ciclistas, que entretanto foi engrossando e talvez tenha chegado aos 70, excelente adesão!
Desta vez a saída fez se em andamento moderado. A subida até Arranhó/Alqueidão foi controlada pelo Pina Freitas, Tó Monteiro, João Afonso e Francisco, foram principalmente estes homens que nos rebocaram na primeira dificuldade do dia. Excelente trabalho, bom ritmo, penso que ao alcance de qualquer um, que tenha um mínimo de andamento.
Na descida para o Sobral de Monte Agraço, o ritmo passou para médio alto e os topos a seguir, ritmo altíssimo, isto porque, o André e o David antes de Arranhó iniciaram uma fuga, vindo a ser alcançados já perto da Merceana. Este trabalho de perseguição foi comandado principalmente pelo Zé Maria, ciclista que há pouco tempo, começou a acompanhar os Duros ao domingo.
Durante esta aceleração/perseguição ficou muito boa gente a tirar bilhete. O ritmo atá Vila Verde dos Francos assim continuou, com algumas “lebres” a fazer a subida por esta vertente, já não davam mais lol…
Em Pragança não devíamos ser mais de uma vintena, dos Duros seguiam; Carlos Tapadas, Alvaro de Negrais, Alvaro Macedo, Roberto (bike de ferro), Carlos Martins, Fataça, Francisco, Vaqueirinho, Zé Maria e André Madureira. Estes 2 últimos, não sei se posso dizer que são dos Duros, porque ainda fizeram poucas voltas domingueiras connosco. Será sempre um prazer te los na nossa companhia, especialmente se passarem a andar um pouco mais devagar lol…
Nesta fase ao deparar me com aquela parede brutal, não tenho outra opção senão ir tranquilo por ali acima, de forma a encontrar o melhor ritmo. O Fataça, Alvaro Macedo e depois o Francisco também assim fizeram. Já a meio da rampa alcanço o “homem de ferro” Roberto, sigo com ele e ao terminar a rampa (parede) alcançamos o Carlos Martins, meu conterrâneo. Dava para avistar o grupo onde seguia o Alvaro de Negrais, mas já sem qualquer hipótese de lá chegarmos.
Depois do cruzamento, já na última rampa com o motor quentinho e o radiador a verter água por todos os poros, parecia ter furado... Deixo os meus companheiros e vou por ali acima, mais parecia uma flecha lol…, ainda chego a ultrapassar mais 2 ciclistas.
No alto, dos Duros já se encontravam o Alvaro de Negrais e Carlos Tapadas, Zé Maria e André Madureira. A ordem de chegada do pessoal que fez pódio (prémio da montanha), pelo que sei, foi: 1º André, 2º Zé Maria, 3º David.
No regresso, atestamos como de costume, em Vila Verde dos Francos. Apelou se a andamentos leves, mas com o passar do tempo, voltámos à corrida. Nos topos, Sapataria e outros, era vê-los ficar a tirar bilhete, uns porque não aguentavam o ritmo, outros para ficar a fazer companhia aos que não aguentavam lol… No Vale de São Gião, o David segue para a Venda do Pinheiro e o André fica em Montachique, mas a corrida ainda não tinha terminado, encontrava se S. Eulalia lá no cimo à nossa espera.
Ponte de Lousa, para não estar a repetir os nomes, dos Duros estavam + ou – todos os que iniciaram a subida em Pragança (os do costume). Quando a subida começa a endurecer, o Zé Maria arranca, o André Madureira responde, a seguir respondem outros, entre eles o Tapadas e o Alvaro de Negrais, eu não largo a roda do Carlos de Pero Pinheiro (camisola de Portugal) e assim me mantive até à última rampa, onde lanço o ataque derradeiro, deixando todos para trás, já no meio da rampa ultrapasso o Madureira, mas o Zé Maria já tinha cortado a meta. Classificação da etapa: 1º Zé Maria, 2º Vaqueirinho, 3º Carlos Martins ou Madureira só de fotofinis lol…
A pedido do Carlos Martins, ainda fomos até ao Algueirão em andamento de recuperação, para a próxima marretada, que possivelmente será já no próximo domingo!
As minhas cronometragens:
Loures – Montejunto, distancia 69,38km – Tempo 2h18 – Media 30,00km/h
Vila V. dos Francos – Santa Eulalia, distancia 49,10Km – Tempo 1h30 – Média 32,73Km/h
A todos os participantes obrigado pela excelente companhia e até à próxima, é sempre um prazer!
Um abraço,
António Vaqueirinho




Por Ricardo Costa:


Crónica de Montejunto (Pragança)


Enormíssima jornada de ciclismo, a Clássica de Montejunto (Pragança) de 2012 dos Duros do Pedal! Adesão numerosa, ambiente fantástico e grandes momentos de ciclismo.

A ajudar à festa, as condições climatéricas bastante favoráveis (tempo seco, temperatura amena e vento quase inexistente), um dos motivos para que o ritmo fosse rápido na longa subida para o Alqueidão (27 km/h), com o Freitas e o Alex a tomarem o controlo do grande grupo, composto por várias dezenas de unidades. Andamento adequado, num esforço meritório de ambos, que nunca excedeu o nível moderado e com algumas iniciativas para o espicaçar: primeiro a do Capela, mas só para isso, e depois a do André e o David, de uma forma consolidada, concretizando a primeira fuga do dia.

Depois do controlo até ao Alqueidão, iniciou-se a perseguição ao duo de fugitivos, com uma vertiginosa descida para o Sobral e daí para a Merceana, com o contributo de vários elementos a não deixar o andamento baixar, deixando logo antever que os escapados não ganhariam mais tempo. E que a continuar a assim estariam a prazo. Todavia, deles ainda nem sombras...

A partir da Merceana, com a entrada no sobe e desde que leva até Atalaia, foi a vez do jovem com o equipamento da Lotto chegar-se à frente, com forte empenho, impondo a primeira grande seleção no pelotão até ao Freixial do Meio. Esta aceleração precipitou, então, o final da fuga: o André e o David eram absorvidos antes da Atalaia.

Na ligação a Vila Verde dos Francos, surgiram outros protagonistas. Um deles, o Lopes (Carboom), autor de algumas movimentações à cabeça de um pelotão que já se esforçava por se manter unido. O Capela manteve-se atento e nunca perdeu o ensejo de estar entre os que se adiantavam, mas cuja vantagem raramente ultrapassou a dezena de metros. Reforce-se: nesta altura, o grupo estava já bastante espremido e era cada vez menor a tolerância a iniciativas que colocassem em perigo a sua coesão na iminente aproximação a Montejunto. Aliás, a média entre o Sobral e o Vilar foi de elucidativos 40 km/h! Ou seja, à prova de fugas!

Mas, nem tanto! Eis que me armo em Contador - em «projeto», claro! -, ao tentar antecipar-me na entrada na subida a Montejunto. Primeiro, apostei numa iniciativa (uma de várias) do Lopes à passagem pelo topo de Martim Joanes, que obrigou o pelotão a tenaz perseguição, e depois, coincidindo com a chegada deste – e ao seu natural momento de relaxamento -, mantive a intensidade e acabei por ganhar rapidamente algum avanço... apreciável. No entanto, as «trutas» não me deram grande liberdade, perseguindo à distância (que não deverá ter excedido nunca os 30 segundos) até à base da subida, em que entrei ainda isolado. Foram 167 pulsações por cada um dos intensos 16 minutos de fuga - e ainda faltava a... subida!  

Conclusão: objetivo não alcançado! Principalmente, pelo motivo que referi: o pelotão não ter autorizado que ganhasse avanço mais substancial, mas que valeu a pena por ter tido boas sensações e o «prazer» que dá estes momentos em que nos armamos em ciclistas. Assim, à saída de Pragança, com a pendente voltar a subir vertiginosamente, sou ultrapassado pelas «principais» figuras - as que procurei surpreender com a fuga! -, sem possibilidade de seguir o seu andamento. Ainda assim, apesar do esforço despendido, encontrei rapidamente um ritmo razoável, a curta distância daquelas. Por outro lado, fruto da perseguição, houve uma parte dos elementos do pelotão que «ficaram» logo no início da subida.

A meio da rampa dos «15%», o duo André e o jovem da Lotto já tinha consolidado a sua supremacia, deixando para trás o David, que tinha tentado segui-los e entrou em perda. Atrás, um quarteto: Capela, um elemento com o equipamento da Efapel, e três Duros, um com uma Vinner, outro com uma Specialized e outro com «jersey» de campeão nacional. Eu, a seguir a estes, na expectativa, e o Lopes, mais atrás, em recuperação.

Até ao descanso da subida, após a curva do cruzeiro, já tinham estoirado os três Duros, mantendo-se o Capela e o Efapel à minha frente, e o David um pouco mais à frente, ainda em perda. Entretanto, o Lopes tinha-me alcançado e, juntos, tentámos chegar àquele duo (Capela/Efapel) após o quartel. No entanto, apenas encurtámos a distância para cerca de 20/30 metros à chegada ao cume, onde o André e o Lotto tinham chegado com claro avanço.

Nota: além destes que descrevi, foram muito poucos os que subiram até ao alto de Montejunto (incluo, entre os que vislumbrei, o Pedro da Amadora, o Bruno e o Pina da Bianchi «Mercatone Uno», e mais dois ou três Duros), o que não deixa de ser algo absurdo, quando o principal motivo da jornada – e que lhe dá o nome - era precisamente esse: subir Montejunto, por Pragança! Porque houve quem subisse por Vila Verde dos Francos...

No regresso, do «nosso» percurso, por Abrigada, Alenquer e Vila Franca, um pequeno grupo que comigo, integrava o Capela, o Lopes, o Pedro da Amadora, o Bruno e o Pina da Bianchi, fixou, a média final em excelentes 32 km/h (115 km).