Montejunto (por Pragança) talvez, a mais dura clássica realizada esta temporada! Não só pelo acumulado de subida, mas principalmente pelo vento que se fez sentir na ida.
Depois de ter parado completamente em Julho e só a partir dos meados de Agosto voltar ao convívio dominical no seio do grupo Duros do Pedal, para treinar acompanhando os ditos “Vassoureiros” que estão a andar para caraças lol…Voltei a sentir o prazer de andar na frente, na automotora conduzida por maquinistas de alto gabarito…, mas fiquei com a sensação que só lá andei, porque alguns tiveram uma certa compaixão lol…
Como o amigo Tó já descreveu o que de mais relevante se passou até à zona do Freixal, eu aproveito a deixa e contínuo.
Até Martins Joanes o ritmo continuou alto, a partir daqui o pelotão baixou o ritmo, o Duro Carlos Tapadas inconformado com a situação por não termos alcançado os fugitivos, lança-se sozinho em sua perseguição.
Em Pragança de repente levámos com uma autentica parede que parecia não mais ter fim, cada um meteu o ritmo que mais lhe convinha, os mais credenciados depressa tomam a dianteira ganhando metros atrás de metros por ali acima, o pelotão ficou todo esfrangalhado a subida era feita a solo ou a pares.
Dos Duros que seguiam no pelotão eu e o Álvaro Negrais destacamo-nos dos demais e fizemos as duras rampas na companhia de mais 1 ciclista, mais que uma vez alertei o Álvaro: atenção ao andamento, se não queres estoirar, abranda, ele olhava para cima e dava-me razão e assim chegamos lá acima, na parte final aproveitando a minha rodinha desfere um ataque e bate-me ao sprint, isto é o que se pode chamar um bom amiguinho lol… é assim mesmo Álvaro, os gregários servem para quê? – Para rebocar os sprinters. Já na parte final deu para ver a descer o Tapadas e o Francisco (este dito por ele enganou-se no percurso e subiu pelo Avenal, atalhou lol…).
Durante a descida via-se a luta que cada um travava com a dura rampa final. Até V. Verde dos Francos todo o cuidado era pouco, para não sair para fora da estrada, tal eram as rajadas de vento que se faziam sentir, eu ainda por cima com rodas de perfil alto.
Agrupamento/abastecimento feito, fizemo-nos à estrada de regresso, eu, Tapadas, Álvaro Macedo e Pedro Bike vínhamos na boa, em ambiente de pura cavaqueira, quando chega o grosso do pelotão e, ala que se faz tarde... As coisas pioraram ainda mais quando chega à cabeça do grupo o Francisco que se lamentava, por ninguém ter esperado por ele. Como que por vingança, depressa nos ganha cerca de 50mt, mas o pessoal agora já não estava para brincadeiras, lanço um sprint e depressa todos o alcançamos, a partir daqui foi escaramuças atrás de escaramuças, os topos que iam aparecendo eram devorados num ápice.
Com este ritmo alucinante depressa começaram a surgir as primeiras baixas, casos do Álvaro Negrais (o Tapadas avisou que lhe ficava a fazer companhia), mais à frente Bruno Afonso entre outros…No início da subida da Sapataria, dos Duros seguiam: Vaqueirinho, Francisco, Álvaro Macedo, Vítor Colnago e Pedro Bike, mais André, David, Vítor Matavelha e mais 2 que não sei o nome (peço desculpa).
Quando o Francisco descarrega a pilha pensei que o ritmo iria baixar, qual quê! - Penso que a partir daí ainda foi pior, André (penso que num patamar acima de todos) + David e Matavelha não deram tréguas, foi de loucos!!!
As coisas só se compuseram quando o André e David seguiram em direcção à Venda do Pinheiro e nós para Lousa, aí sim, foi desfrutar dos km que faltavam até Santa Eulália. Aqui já se encontrava o Rui Luzia que se fartou de atalhar durante toda a clássica lol…Eu e o Vítor Colnago seguimos em direcção a Dona Maria e os restantes a Negrais, não deu para esperar pelo reagrupamento, o tempo estava desagradável e o empeno não dava para grandes paragens! – Havendo o risco de o motor não voltar a trabalhar.
Quero aqui deixar uma palavra de apreço ao Tó (grande promovedor destas jornadas ciclísticas) e outros, que vão a estas clássicas na expectativa de irmos juntos, neste caso pelo menos até ao início da subida (ou até um determinado ponto pré acordado), para depois aí cada um fazer o que lhe der na gana. Ontem infelizmente mais uma vez isso não aconteceu, podíamos dizer: há indivíduos que vão sempre à mama e não vão para a frente puxar, mas não foi o caso, vi o Tó e outros passarem pela frente várias vezes sabendo que mais tarde isso lhes iria sair caro. Deveria existir compreensão por parte dos melhor preparados/treinados e ter o cuidado de não deixar para trás, pelo menos os que não o merecem. Eu próprio logo no início fui para a frente apelar a que se levasse um andamento mais moderado, mas infelizmente não sortiu efeito. Penso que para certos indivíduos só o “Angliru” lhes fazia reduzir o andamento lol…
Resta-me agradecer a companhia de todos sem excepção e até à próxima, Cascais – Fátima.
PS: Os meus registos de tempos:
Loures – Pragança, 64,17km – 27.7km/h * Subida Montejunto, 5,63km – 14,9km/h * Vila Verde – Santa Eulália, 49,02km – 32,7km/h * Famões – Famões, 153,70km – 27,5km/h
Um abraço,
António Vaqueirinho
Por Ricardo Costa
O meu regresso às lides do grupo, após prolongada ausência foi do tipo, toca e foge. Ou melhor, toca e fica... logo pendurado! E nas primeiras dificuldades. Mais do que seria previsível, estava previsto. Além da completa incompatibilidade entre a minha condição física e o nível minimamente exigível para integrar, a «tempo inteiro», uma volta do grupo, o percurso era altamente selectivo. Nada menos que Montejunto, por Pragança. Olha que oportuno!
De qualquer modo, esta breve aparição – esperemos que seja, definitivamente, para retomar, devagarinho... – serviu, acima de tudo, para matar saudades do convívio com o pelotão, do matraquear dos carretos, dos esgares de esforço, da amena cavaqueira, ainda que debaixo do silvo do vento quase ciclónico que soprava na longa ascensão do Forte do Alqueidão. Factor que ajudou a precipitar o meu abandono, por alturas de Arranhó, altura em que não resisti à minha incapacidade actual de atender uma chamada e de manter o ritmo de um grupo de bom nível que começava a aquecer motores após alguns impasses iniciais devido a furo antes de Bucelas.
Ressalvo, a presença dos Duros do Pedal, do camarada Tó Monteiro, de alguns dos mafrenses do Ciclismo 2640, entre os quais o Xico Aniceto, o Sergio e o Pedrix (por relato de terceiro, já que não cheguei a durar até à sua entrada), e ainda do Vítor Mata-a-Velha, que, pelo segundo fim-de-semana consecutivo, veio ao nosso encontro (integrou a equipa Pina Bike no recente contra-relógio por equipas, Alverca-Reguengos).
Mas também alguns de habituais nas andanças domingueiras do nosso grupo, casos do Jorge «Contador», Alex, Cunha, Jony, Nuno Garcia, Capela, André, David, entre outros. Todavia, estes foram escassos, quando comparados com adesão massiva dos homens do conjunto de Algueirão – como é habitual e de louvar, não só quando jogam em casa, mas, principalmente, sempre que se deslocam a outro reduto. Eis grande exemplo para outros grupos!
Sobre as incidências da volta, sei pouco. E apenas, uma vez mais, por relato de terceiros, que a volta foi marcada pela oposição do vento e que a subida a Montejunto, pela dura vertente de Pragança, terá sido interessante, bem atacada por todos, mas naturalmente com os trepadores mais conceituados a imporem os seus galões, acompanhados dos restantes que se apresentarem em forma
Espero na próxima crónica – já na jornada de domingo que vem - possa chegar um pouquinho mais longe no relato... Seria bom sinal!
8 comentários:
Desejo vos uma boa volta, eu para mi vou para Alpiarça ( Santarem) fazer um Audace.
Abraços, Hellmann
Até ao km 60 tentei sempre ir na cabeça do grupo, para acalmar o nervosismo e sendo uma Clássica nossa era importante ter DUROS na frente.
Sabia que iria pagar uma factura bem alta e isso aconteceu pouco depois.
``A Vassoura chegou cedo demais´´
Mas não me arrependo e Domingo lá estaria novamente!!!
Adorei a parte de vila Verde até Pragança. Estradas provincianas ao meu gosto sem carros e as subidas sem palavras.
Certamente uma Clássica a repetir para o ano.
Obrigado a todos os participantes.
Abraço
TO MONTEIRO
Foi a 1a vez que participei numa destas classicas e foi um espetaculo.Entrei no pelotão na subida para o Sobral(equipado de 2640)desci Montejunto por V.V.Francos e depois foi por Sarge até casa,Mafra).
Um bem haja aos Duros do Pedal eram o grosso deste pelotão com andamentos pra todos os gostos.
Não sei o que me deixou mais receoso: o grosso do pelotão por falta de habito em pedalar num grupo de mais de 30 elementos ou se foi a descida do Montejunto,era com cada chapada de vento.. upa,upa
Abraços e boas voltas,até à proxima
Obrigado s PEDRIX
Pois foi, com aquela ventania tinha-mos levado o Parapente e batia-mos o record do TRÓIA SAGRES lol
bem vindos
TO MONTEIRO
Boas pessoal,
Pelos vistos à quem não goste que eu arranque cedo demais, mas posso garantir que enquanto eu vir que pessoal que está em forma não passa pela frente e só se guarda para a subida final estas fugas vão acontecer mais vezes.
É claro que nas voltas domingueiras normais é só depois da caneca...
Um grande abraço,
Francisco Gonçalves
Francisco:
Eu compreendo a tua indignação.
Rolar é a tua Praia e partiste cedo demais.
Acho que alguns Dos DUROS em forma se retraem demais.
Deveria-mos formar uma bela mancha amarela na frente, principalmente nas nossas Clássicas.
Mas nem tudo são más noticias, pois, somos admirados por muitos e cada vez temos mais outsiders nas nossas aventuras.
Temos o dever de lhes proporcionar uma boa companhia e alguns kms para acompanharem o COMBOIO.
Não se pode meter logo ritmos de automotoras ou um dia estaremos sozinhos na estrada.
É só a minha opinião.
Abraço
TO MONTEIRO
boas.....
foi a primeira vez que entrei numa classica ainda para mais com estes adamentos, ainda aguentei a ida para la ate a merceana dps furei das pernas....... o que me valeu foi a companhia pois o vento era mais forte do que eu,,,,
nunca tinha subido montejunto e valeu pela paisagem pois as pernas queriam era descanso......mas o rato e o to monteiro la me convenceram a subir ate ao cimo......na vinda ja nao aguentei e la tive a companhia do tó ate aos negrais e mais os rebocadores ke muito nos ajudaram......
domingo la estarei para mais uma cavalgada.........
um abraço
JAIME MAURICIO
Fixe S Jaime
É preciso mais malta para ajudar a carregar a vassoura pois já vou tando cansado lol
TO MONTEIRO
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